ANIMALL

Bem-Vindos à nossa loja online: ANIMALL - ALL FOR PETS

Portes Grátis a partir de €

Portes Grátis a partir de €

Favoritos
Ozonoterapia nos Cães

O ozono (O3), é um gás composto pela forma triatómica do oxigénio com uma estrutura instável devido à presença de estado mesoméricos, que foi descoberto em meados do século XIX. A palavra “ozono” deriva de “ozein”, a palavra grega para odor. É um gás de cheiro acre e incolor, sendo explosivo nas suas formas líquida ou sólida.

O uso do ozono começou há mais de 150 anos onde foi inicialmente usado como uma molécula microbicida, em 1856, para desinfetar salas de cirurgia e subsequentemente, em 1860 para o tratamento das águas. Durante o século passado, vários estudos demonstraram outras características importantes, tais como as suas funções anti-inflamatórias, antioxidantes e efeito imuno-estimulador. Atualmente, os efeitos da ozonoterapia têm sido bem demostrados e documentados com resultados consistentes. Foi mostrado também que o seu uso possui efeitos secundários mínimos, permitindo aplicações diversas.

O que é o ozono?

O ozono (O3), é uma molécula que é constituída por 3 átomos de oxigénio. Se o compararmos com o ar que respiramos, este apenas contem moléculas constituídas por 2 átomos de oxigénio, O2, sendo um gás bem mais estável. O átomo extra de oxigénio no ozono torna esta molécula muito instável e com mais energia, o que significa que tem maiores probabilidades de reagir com outras substâncias.

Ozono médico vs. ozono atmosférico – mas então, o ozono não é aquele gás que forma a tão falada camada de ozono e que é perigoso?

Sim, é o mesmo. O ozono é um gás que é criado naturalmente quer pela trovoada, quer pela radiação ultravioleta reagindo com as moléculas de oxigénio fazendo com que os átomos se separem.

Ou seja, ozono é um componente natural da atmosfera e a sua distribuição varia entre a atmosfera superior (estratosfera) e a atmosfera inferior (troposfera).

Na estratosfera, o ozono atua como uma camada indispensável (a Camada do Ozono) que filtra as radiações ultravioleta. Esta camada é necessária para gerar O3 (ozono) via uma combinação química de um átomo de oxigénio solitário com o oxigénio molecular (O2). O processo de formação de ozono encontra-se num equilíbrio dinâmico com a sua destruição natural, que é causada por diferentes reações incluindo a colisão com radiações ultravioleta e infravermelhas.

Na troposfera, o ozono é considerado um poluente obtido da reação entre óxidos de azoto (libertados de fontes tais como, os escapes dos automóveis, as emissões de centrais elétricas e os incêndios florestais) e a luz solar.

Em dias de poluição elevada, certos países têm alertas de ozono para quando este gás atinge determinados níveis no ar, mas na realidade a quantidade de ozono misturado na poluição é bastante baixa quando comparada com outros compostos. O motivo destes alertas deve-se ao facto de o ozono ser o mais facilmente mensurável. Quando aumenta a quantidade de ozono, significa que os hidrocarbonetos e as outras toxinas estão presentes em quantidades bastante superiores e daí, mais tóxicas que o ozono.

Apesar do seu papel como poluente, o ozono é utilizado na medicina humana e na medicina veterinária numa mistura de gases de O3/O2, visto o O3 se dissociar rapidamente na água e libertar uma forma reativa de oxigénio com o poder de oxidar células. Esta dissociação aumenta a disponibilidade de oxigénio e energia para a atividade celular.

O ozono médico usado nos tratamentos, chamados de ozonoterapia, é produzido pela passagem de oxigénio puro através de um gerador que, através de uma corrente elétrica, separa os átomos das moléculas de oxigénio O2. Estes átomos livres de oxigénio vão-se combinar com outras moléculas de O2 e produzir o O3.

 

Quais as vias de administração do ozono?

O O3 pode ser administrado tanto por via sistémica como por via local. Como via sistémica, existe a auto-hemoterapia (major e minor) que consiste em instilar uma concentração precisa de O2-O3 numa determinada quantidade de sangue previamente colhido, e posteriormente voltar a administrar este sangue oxigenado e com ozono ao paciente.

Para a administração local, existem três formas principais de administração de O3, nomeadamente, água ozonizada, óleo ozonizado e a mistura de gás O2-O3. Existem no mercado diferentes preparações farmacêuticas neste sentido: cremes, gás, injeções, espumas, pérolas, bólus, óleo ionizado…

As vias de administração local de O3 incluem:

– a injeção direta onde são administradas injeções locais de gás ozono ou soro ozonizado diretamente em torno de tumores, lesões ou feridas cirúrgicas para auxiliar na cura;

– a via intramuscular, intradiscal e via paravertebral para tratamento de afeções musculoesqueléticas, reduzindo a dor e a inflamação devido à osteoartrite ou a outras situações articulares;

– a insuflação rectal onde o gás ozono é depositado diretamente no cólon para providenciar apoio gastrointestinal e auxiliar na desintoxicação do fígado;

– a bolsoterapia que consiste em envolver a zona afetada com uma bolsa repleta de gás ozono para providenciar um efeito direto externo nas feridas, lesões e irritações cutâneas ou drenagem de tumores.

– a hidroterapia onde a capacidade do ozono em se dissociar rapidamente na água e libertar uma forma reativa de oxigénio com o poder de oxidar células é aproveitada. Ou seja, consiste em banhos de água ozonizada tendo o seu maior efeito a nível local da pele melhorando infeções e lesões cutâneas, promovendo uma limpeza mais profunda e regenerando a pele.

A única via que não é prática para a aplicação médica, é a inalação devido à sua toxicidade pulmonar levando a efeitos secundários tais como euforia, rinite, tosse, dores de cabeça, náusea e vómitos. No entanto, o ozono pode ser inalado após ter sido borbulhado através de azeite para não ser adstringente para os pulmões. Desta forma auxilia nas infeções respiratórias e nasais, asma, alergias e cancro.

Apesar do O3 ser um dos mais conhecidos oxidantes, também promove enzimas antioxidantes. Para além disso, estimula algumas das células do sistema imunitário e inativa patógenos incluindo bactérias, fungos, leveduras, protozoários e vírus. Graças a estas capacidades, o O3 é usado para auxiliar no tratamento de diversas doenças, tanto nos humanos como na medicina veterinária.

Dra Cláudia Ferreira – médica veterinária